sábado, 28 de março de 2009

4/12/1989 EU!

Sinto-me tão longe e estou tão perto de tudo.
Talvez por sentir que não pertenço a lado algum.
Talvez porque tudo o que me rodeia, é meu e não me pertence.
Talvez por não ter nada mesmo.
Por não me conhecer
e este eu que sou e não quero ser eu,
não muda para o eu que não sou e que quero ser.
Quem sou eu? O que sou eu?
Como todos, sou mais um instrumento,
mais uma peça desta sociedade.
Só que eu sou um instrumento que não trabalha,
porque precisa ser concertado.
Sou uma peça solta, móvel,
que não sabe bem onde tem que encaixar.
Sinto-me mal, porque não quero ser o eu que sou, como sou.
O nojo instála-se por todo o lado.
Ninguém é capaz de lutar contra isto.
Todos se submeteram.
Mas eu, eu vou ser o eu que quero ser.
Eu vou fazer o que o eu que não sou e que quero ser,
quer que eu faça.
Eu não me vou entregar!!!

(aula de Antropologia Cultural)

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