domingo, 29 de março de 2009

15-16/10/1992 2:15-16/10/1992 1:15am Carlota-Doeu muito, sendo tanto por tão pouco

Procuro algo,
não sei bem o quê.
Procuro uma utopia.
O sítio imaginário.
O palácio que sonhei,
mas que ninguém vê.
Sinto a tal vontade de fugir,
mas não sabendo para onde ir.
Não sei se o sítio pode existir.
Mas quero fugir!
Tenho uma dor,
que me faz medo.
Enfim, estou só.
Sei que nada do que procuro vou encontrar.
Acho que nada mais há a fazer.
Não acho um sentido para nada.
Ele morreu!
Eu continuo a viver,
mas cansei-me de procurar.
Já não faz sentido.
Procuro e perco logo de seguida.
Então porquê procurar?
Sinto-me com vontade de fazer...
NADA!!!
pois nada para mim agora faz sentido.
Perdi tudo.
Até o medo de morrer.
Porquê pensar na morte?
Quando virá?
Como virá?
Agora já não importa.
Agora já não vivo.
Sobrevivo.
Tiraram-me a alegria,
a vontade de sorrir.
Agora só choro interiormente.
Estou vazia de sentimentos
e de tanto chorar.
Dentro de mim, há raiva,
ódio de nada poder fazer.
Apenas esperar!
Esperar pelo dia em que te voltarei a ver.
Quanto tempo falta?
Não importa!
Agora sozinha,
faço aquilo que faríamos os dois:
viver!

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